Surfshark
Astronomia no Zênite
Curiosidades - Perguntas intrigantes

Como entrar em órbita

Para que um satélite natural ou artificial permaneça em órbita, ele precisa estar dentro de um intervalo certo de velocidade. A inércia de um corpo em movimento tende a fazê-lo se mover em linha reta, mas a força gravitacional tende a puxá-lo na direção do corpo em torno do qual se move.

A órbita representa esse equilíbrio entre a gravidade e a inércia.

Um canhão disparando no topo de uma montanha lança projéteis mais longe se a velocidade do disparo aumentar. Se for grande o bastante, o projétil nem cai no chão! Podemos imaginar que a superfície da Terra “se curva” para longe do projétil, tão rápido quanto este cai em sua direção.

Canhão de Newton
O CANHÃO DE NEWTON foi um experimento mental que Isaac Newton usou para levantar a hipótese de que a força da gravidade era universal e era a força-chave para o movimento planetário.

Um satélite em órbita da Terra (ou um planeta em volta do Sol) se comporta desse jeito: está sempre “caindo”, mas nunca chega a colidir com o astro central porque este “foge” dele! Só que quanto mais massa tiver o corpo em torno do qual se está em órbita, maior será sua força gravitacional e, portanto, mais velocidade orbital o satélite precisará para não cair. 

O satélite tenta se afastar da Terra, mas ao mesmo tempo é puxado de volta pela gravidade. O resultado é a sua órbita em torno do planeta. A velocidade é o “segredo” para se manter em órbita. Se aumentar muito, ele tende a escapar para o espaço. Se diminuir, a gravidade vence e ele reentra na atmosfera, sendo despedaçado.

É preciso levar em conta a distância também. Quanto mais longe do centro de massa do corpo de atração um satélite está, mais fraca será a força gravitacional e menos velocidade ele precisará para permanecer em órbita.

A velocidade média da Lua em torno da Terra é de 3.680 km/h e a velocidade média da estação espacial internacional (ISS) é de 27.500 km/h. A diferença se deve justamente a distância desses corpos até o centro de massa da Terra.

Órbitas

Altitudes orbitais

Clique na figura ou no link acima e use a roda do seu mouse para mover e dar zoom numa imagem que exibe, em escala, as altitudes orbitais mais utilizadas pelos satélites em volta da Terra. Traduzido do original, em Wikipédia.

PATRONO
Urania Planetario

Queda livre

Falamos “em média” porque a velocidade orbital não é um valor fixo ou constante. Todo satélite (natural ou artificial) ou todo planeta em volta de sua estrela se desloca numa órbita em forma de elipse. Haverá uma velocidade média; entre a máxima – quando ele se aproximar mais do corpo em torno do qual está em órbita, e a mínima – quando estiver o mais distante possível.

Planetas, cometas, asteroides, luas e satélites artificiais não estão flutuando no espaço. Estão caindo! Se estão em órbita, é porque a força de gravidade de algum corpo está os atraindo. É sua velocidade orbital que impede de colidirem com o corpo central, mantendo-os nessa “queda livre”.

É por isso que os astronautas parecem estar flutuando preguiçosamente em suas naves. Uma sensação também chamada de imponderabilidade. Não se engane: a gravidade está agindo o tempo todo. O astronauta se comporta como se estivesse na cabine de um elevador despencando livremente, sem os cabos de tração. Sorte que essa cabine cai num poço sem fim. Artigo de Astronomia no Zênite

A ISS vem sendo permanente habitada por astronautas desde o dia 2 novembro do ano 2000. Até hoje foram precisamente 8.599 dias em que as tripulações experimentam a sensação de queda livre na direção da Terra. Uma queda sem fim.

 

A beleza da elipse
Newton’s cannonball 

Créditos: Costa, J.R.V. Como entrar em órbita. Astronomia no Zênite, 20 ago. 2021. Disponível em: <https://zenite.nu/como-entrar-em-orbita>. Acesso em: 19 mai. 2024.
Como citar esta página como uma fonte da sua pesquisa

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, a forma indicada para mostrar que você pesquisou o artigo contido nesta página é:

 

As referências bibliográficas são importantes não apenas para dar crédito aos autores de suas fontes, mas para mostrar a sua habilidade em reunir elementos que constroem uma boa pesquisa. Boas referências só valorizam o seu trabalho.