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Ano V - Nº 217 |
Boas maneiras no espaço |
Agência FAPESP - 18 de abril de 2005 |
Desde 1957, quando o Sputnik se tornou o primeiro engenho humano a orbitar a Terra, mais de 4 mil lançamentos foram feitos ao espaço. O enorme ganho tecnológico conseguido em áreas como tão diversas quanto telecomunicações, medicina ou geografia, entre muitas outras, trouxe a reboque um problema indesejável: o lixo espacial. Satélites quebrados, pedaços de foguetes e uma infinidade de sobras metálicas circundam o planeta e oferecem um risco cada vez maior de atingir equipamentos funcionais e valiosos. Hoje, dos mais de 13 mil objetos identificáveis na órbita terrestre, apenas cerca de 700 são satélites funcionais. O resto é lixo. Para discutir o atual estágio do problema e lançar alternativas que possam solucioná-lo, cientistas de diversos países reúnem-se de 18 a 20 de abril na 4ª Conferência Européia de Detritos Espaciais, em Darmstadt, na Alemanha. Na cidade sede do evento fica o Centro de Operações Espaciais (Esoc) da Agência Espacial Européia (ESA), que tem estudado há anos o tema do lixo espacial. As idéias dos pesquisadores do centro ganharam forma com a criação de um código de conduta para lidar com os detritos. Segundo eles, o interesse é de todos, pois o espaço orbital terrestre pode ser grande, mas não é infinito – e já é hora de termos bons modos no espaço. |
Um lugar muito especial |
Spaceflight Now - 17 de abril de 2005 |
Exceto pelo fato de chamarmos de lar, Não havia motivo para os astrônomos acreditarem que o Sistema Solar é um lugar especial. Não até alguns anos atrás, quando começaram as descobertas de outros sistemas planetários pelo Universo. Em vez das comportadas órbitas quase circulares de nossos nove planetas, a maioria dos mais de 160 planetas extra-solares apresenta órbitas tão alongadas que muitos se aproximam bastante de suas estrelas num momento, afastando-se para muito, muito longe depois, alternando períodos de calor e frio intensos. Recentemente, num artigo publicado na revista Nature, astrofísicos apontaram a primeira evidência observacional do mecanismo por trás dessas intrigantes órbitas, tão distintas das que estamos acostumados. Um mecanismo simples, denominado "espalhamento planetário" acontece quando um planeta adicional aproxima-se de outro. O puxão gravitacional resulta em órbitas de grande excentricidade e se isso ocorresse entre planetas muitos maciços, todo o sistema planetário poderia acabar bagunçado. Se algo assim tivesse acontecido no Sistema Solar primordial as órbitas dos planetas seriam significativamente diferentes – e provavelmente a Terra não seria um local adequado à vida. Nosso lar parece ser resultado de um longo período de estabilidade. |
Agora você pode ser tostado num buraco negro |
Physics.iop.org - 17 de abril de 2005 |
O professor Andrew Hamilton, da Universidade do Colorado, apresentou uma nova teoria onde diz que a matéria, em vez de se esticar como um espaguete quando ingressa num buraco negro, se queima pelo intenso calor reinante. Segundo ele o efeito de estiramento da matéria só seria possível nos buracos negros pequenos, nos mais maciços o ambiente circundante é um plasma super quente (vários milhões de graus), e o que acontece é que a matéria "tosta". |