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Ano IV - Nº 185 |
Um sinal |
Spacedaily - 3 de setembro de 2004 |
Em fevereiro de 2003 astrônomos do programa SETI (sigla em inglês para Busca por Inteligência Extraterrestre) apontaram o poderoso radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, para determinadas regiões do céu. Já haviam sido detectados por pelo menos duas vezes sinais inexplicados oriundos de tais regiões, e os pesquisadores estavam tentando confirmá-los. Recentemente a equipe terminou a exaustiva análise dos dados e todos os sinais desapareceram – exceto um, que ficou ainda mais forte. Este sinal, recebido em três ocasiões, ainda é um enigma. Não estão descartadas as hipóteses de estar sendo gerado por um fenômeno astronômico desconhecido, ser emitido por um objeto em terra próximo ao telescópio, ou até mesmo a ação um hacker que alterou o software do SETI, fazendo-o retornar uma falsa evidência. Por outro lado, ele é sem dúvida o melhor candidato a uma emissão extraterrestre já analisada pelo grupo nos quase seis anos de história do projeto SETI@home. Denominado SHGb02+14a, ele está na freqüência de 1.420 MHz, uma das mais comuns em que o átomo de hidrogênio absorve e emite energia. Teoricamente está seria uma freqüência significativa para modular e enviar um sinal ao espaço, buscando contato. Uma característica que já chama a atenção é o fato da freqüência estar flutuando entre 8 e 37 Hz por segundo. Isso seria esperado se o transmissor estivesse num planeta com curto período de rotação, como cerca de 40 vezes mais rápido que a rotação terrestre, o que produziria flutuações de 1,5 Hz por segundo no sinal. A menos que a emissão fosse corrigida (o que fazemos). O sinal parece vir do mesmo ponto do céu, na direção da constelação de Áries. |
Brasil reduz investimentos na ISS |
Gazeta Mercantil - 29 de agosto de 2004 |
O governo brasileiro anunciou que mantém sua participação do projeto da Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês), mas reduzirá sua contribuição de US$ 120 milhões para cerca de R$ 27 milhões, a serem investidos ao longo dos próximos quatro anos. Os recursos devem cobrir o desenvolvimento de um único equipamento, em vez dos seis itens previstos no acordo inicial, assinado com a NASA em 1997. Denominado FSE (Flight Suport Equipment), o dispositivo será utilizado para transportar e armazenar os itens necessários à manutenção da estação em órbita. No novo acordo assinado entre AEB e a NASA no final do ano passado, serão construídas 32 unidades do FSE, cada uma pesa aproximadamente 150 quilos. O direito de utilização da ISS por pesquisadores brasileiros e o voo de Marcos Pontes está garantido, embora numa escala proporcional aos investimentos aplicados pelo Brasil. A participação do Brasil na ISS foi ameaçada em 2001, com a decisão de descontinuar o projeto, porque o orçamento feito pela Embraer para fabricar os dispositivos superou os valores previstos no acordo original. Um novo acordo foi então assinado no ano passado. O Brasil é o único país em desenvolvimento a integrar o grupo de 16 nações empenhadas na construção do maior laboratório orbital da história, num custo total de US$ 100 bilhões. Projetada para permanecer no espaço até 2017, a ISS apoiará pesquisas nas áreas de meio ambiente, clima, novos materiais, medicina. A previsão da NASA é que a ISS esteja concluída por volta do ano de 2010. |