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Astronomia no Zênite
História - Os astrônomos

Nicolau Copérnico

Nicolau Copérnico (Nikolas Kopperlingk) nasceu em Thorn, na Polônia, em 19 de fevereiro de 1473. Era filho de um próspero comerciante também chamado Nicolau e de Bárbara, irmã do cônego e depois bispo polonês Lucas Wacsenrode.

Seu pai morre quando tinha somente 10 anos de idade, e Copérnico vai morar com o tio. Aos 19 anos ingressa na Universidade de Cracóvia, famosa na época pelos currículos de Astronomia, Matemática e Filosofia.

Em 1496 se recusa a ser nomeado cônego de Frauemburg, onde seu tio era bispo, e viaja para a Itália, onde ingressa nas Universidades de Bolonha e Ferrara para cursar Direito e Medicina.

Costumava trabalhar sozinho, observando o céu a olho nu (a luneta astronômica só seria inventada um século mais tarde). Em 1530, já se dedicando inteiramente a Astronomia, termina sua grande obra, De revolutionibus orbium coelestium (Sobre as revoluções das esferas celestes), onde afirma que a Terra gira em torno de seu próprio eixo uma vez por dia e viaja ao redor do Sol uma vez por ano.

CopérnicoNicolau Copérnico (1473-1543)

Nascia assim o sistema heliocêntrico, uma ideia fantástica para a época. No tempo de Copérnico, papas, imperadores e o povo em geral tinham como certo que a Terra estava absolutamente parada no centro do Universo, e ao nosso redor desfilavam todos os corpos celestes. Também não eram poucos os que acreditavam que a Terra era chata. E desafiar tais crenças poderia ser considerado heresia.

PATRONO
Urania Planetario

Sobre as esferas

A famosa obra de Copérnico, De revolutionibus orbium coelestium foi publicada somente 30 anos após ser escrita, no ano da morte do autor, que nunca tomou conhecimento da grande controvérsia que havia ajudado a criar.

Conta a história que ele faleceu uma hora depois de por as mãos no primeiro exemplar de seu livro, em 24 de maio de 1543.

O sistema de Copérnico, embora revolucionário para a época, também sofria sérias imperfeições. Uma delas era supor as órbitas dos planetas rigorosamente circulares.

Sem dúvida, seu grande mérito foi a defesa e desenvolvimento do heliocentrismo durante boa parte da vida. Entre os ferozes opositores estavam tanto os doutores da Igreja Católica quanto ardorosos reformadores protestantes, como Lutero e Calvino.

capaCapa de De revolutionibus

O orgulho humano sofreu um duro golpe com o sistema de Copérnico, e mesmo anos após sua morte, durante o processo de condenação a Galileu em 1616, a Igreja colocou a obra de Copérnico na lista dos escritos proibidos, condição a qual permaneceu até o ano de 1835, ainda que cento e cinquenta anos antes já tivesse sido reconhecida como verdadeira.

Pelos dogmas religiosos da época, se Deus havia criado a Terra e o Homem para povoá-la, sendo a criatura imagem do Criador seríamos, portanto, superior as demais criaturas. O Universo existia apenas para que o contemplássemos. O Filho de Deus estava no centro do cosmos, no centro de todas as coisas.

Alicerce do pensamento

Na verdade, nosso planeta se move em torno de uma estrela anã que está na periferia da galáxia – uma entre bilhões de outras ilhas de estrelas do cosmos. A Terra surgiu há 4,6 bilhões de anos e nossa espécie começou a evoluir há menos de 2 milhões de anos, tendo sido sendo precedida de muitas outras.

A grande sabedoria está em conceber nosso íntimo parentesco com todos os outros seres deste mundo e na humildade de aceitar que Universo vai continuar depois de nós.

A obra de Copérnico foi o alicerce no qual se apoiaram outros grandes pensadores da humanidade, como Galileu, Kepler, Newton e, mais recentemente, Albert Einstein. Artigo de Astronomia no Zênite

 

Galileu Galilei
Johannes Kepler

Publicação em mídia impressa
Costa, J. R. V. Os astrônomos: Nicolau Copérnico. Tribuna de Santos, Santos, 1 nov. 2004. Caderno de Ciência e Meio Ambiente, p. D-2.
Créditos: Costa, J.R.V. Nicolau Copérnico. Astronomia no Zênite, jan. 2006. Disponível em: <https://zenite.nu/nicolau-copernico/>. Acesso em: 19 abr. 2024.
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