Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 97
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Ano II – Nº 97 |
O cometa do Natal
Não é bem uma novidade. Há mais de dois mil anos pode ter sido um cometa a famosa Estrela de Belém que viram os magos do oriente. Este ano, mais uma vez, surge um cometa no Natal.
Descoberto com um binóculo pelo astrônomo amador japonês Tetuo Kudo, seguido por observações de Ken-ichi Kadota, também do Japão, e oficialmente denominado C/2002 X5 Kudo-Fujikawa, este cometa tem uma cauda curta (cerca de 1/3°) e sua magnitude atualmente está em torno de 7 (visível apenas com instrumentos) na constelação de Hércules.
Se a Estrela de Belém foi mesmo um cometa, bem visível no céu do hemisfério norte, então certamente durante boa parte de sua aparição ele não pode ser visto das terras ao sul do equador (declinação positiva). Este fato também se repete agora.
O cometa Kudo-Fujikawa permanece um privilégio dos observadores do norte até o fim de janeiro, emergindo para nós em seguida, com a diferença marcante que poderá ser observado no Brasil a partir de 2 de fevereiro de 2003 às 20:40 (Horário de Verão no Brasil), quando o cometa estará na constelação do Microscópio, e o mais importante: possivelmente com magnitude +2.9 (facilmente visível a olho nu).
O sussurro da Pioneer
Captado um sinal de rádio procedente da primeira espaçonave a ir além de Plutão. A Pioneer 10, lançada em 1972 e agora a 12,1 bilhões de quilômetros da Terra, estava silenciosa desde março. Na velocidade da luz, um sinal de rádio leva mais de 11 horas para atingir a Pioneer 10.
A Deep Space Station, perto de Madrid, foi quem primeiro captou o chamado da Pioneer. A estação é composta de imensas antenas utilizadas para comunicação com sondas interplanetárias. Além da Espanha, uma estação em Goldstone, na Califórnia, e o observatório de Arecibo, em Porto Rico, confirmaram que o sinal veio mesmo da nave.
Viajando em direções distintas, as sondas Pioneer 10 e 11 foram as primeiras a cruzar o cinturão de asteroides e enviar imagens dos planetas Júpiter e Saturno, porém a Pioneer 11 não mais se comunica com a Terra.