Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 8
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Ano I – Nº 8 |
Hale Bopp ainda ativo, mesmo a 2 bilhões de km do Sol
Os cometas são astros pequenos, geralmente um núcleo rochoso de algumas dezenas de km, no máximo, misturado com gelo de metano, água e outros compostos. Percorrem longas órbitas elípticas em torno do Sol, desenvolvendo caudas somente quando sofrem ação mais intensa do calor solar.
O cometa Hale-Bopp não é exceção a regra, mas surpreendeu os astrônomos do European Southern Observatory (ESO) por ainda apresentar considerável atividade, muito tempo depois de sua maior aproximação com o Sol, ocorrida em 1997.
Atualmente, o Hale-Bopp está a dois bilhões de km do Sol, num ponto entre as órbitas de Saturno e Urano, porém bastante acima do plano orbital destes planetas, e só pode ser observado por telescópios no hemisfério Sul da Terra.
A foto mostrada aqui é uma composição de várias exposições em diferentes comprimentos de onda, obtidas entre 27 de fevereiro e 2 de março de 2001, através do telescópio de 2,2 m de La Silla, no Chile. Com magnitude relativamente elevada (14,5), o Hale-Bopp move-se a velocidade de 8 km/s, (ou um milhão de km por dia) cada vez mais para longe do Sol.
Auroras na pré-história
É provável que o famoso Tiranossauro Rex e seus companheiros pré-históricos fossem testemunhas das mais belas auroras dos últimos 100 milhões de anos. O motivo é o campo magnético do nosso planeta, cerca de três vezes mais intenso que nos dias atuais.
Além de proteger o planeta das perigosas radiações vindas do espaço, agindo como um escudo defletor, as partículas energéticas emitidas pelo Sol (vento solar) interagem com o campo magnético terrestre, produzindo nos pólos um efeito luminoso de grande beleza: as auroras. Esse fenômeno deve ter sido bem mais frequente no passado, segundo uma recente pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Rochester, EUA.