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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 76

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano II – Nº 76

Viagem ao núcleo do cometa

 Spaceflight Now – 3 de julho de 2002

Lançada a sonda CONTOUR (um acrônimo para COmet Nucleus TOUR, que pode ser traduzido livremente para “Viagem ao Núcleo do Cometa”) que analisará de perto dois cometas, num período de quatro anos. A nave permanecerá na órbita da Terra durante seis semanas, quando então executará uma volta em torno do Sol e em seguida voltará a Terra para uma manobra gravitacional que lhe dará o impulso necessário para atingir seus alvos.

Os cometas que serão examinados foram escolhidos por conta de sua relativa proximidade com a Terra em suas próximas passagens. Um deles é o Encke (encontro em 2004), o cometa que mais vezes foi observado. Com um período bem curto (3,3 anos), Encke é um cometa muito “íntimo” do Sol, emitindo pouca quantidade de gases e poeira.

Em contrapartida o outro será o cometa Schwassmann-Watchmann 3 (encontro em 2006), que se partiu em vários pedaços em 1995, intrigando os cientistas que agora esperam observar as superfícies internas. Os cometas são os astros mais abundantes e menos compreendidos de todo o Sistema Solar.

Os fogos de artifício que o Hubble viu

 Hubble Space Telescope – 4 de julho de 2002

O 4 de julho, feriado da independência dos Estados Unidos, é sempre comemorado com muitas festividades e fogos de artifício. Não foi por acaso que ao observar a imagem capturada em janeiro de 2000 e 2002, pelo telescópio espacial Hubble, da supernova Cassiopéia A (Cas A) os pesquisadores as identificaram com o céu multicolorido das festas americanas. Serpentinas brilhantes, semelhantes a flores vermelhas, azuis, verdes rosas e brancas, contrastando com o fundo negro do Universo.

Essa é a imagem da nuvem formada pelos gases da explosão da estrela há mais de 10 mil anos. Cas A é a supernova mais recente vista em nossa galáxia, provavelmente oriunda de uma estrela com massa entre 15 e 25 vezes a massa do Sol. Estrelas desse tipo têm vida relativamente curta – de poucas dezenas de milhões de anos – em comparação com o Sol (que já brilha há cinco bilhões de anos), terminando seu ciclo numa explosão espetacular que faz com que por um breve período de tempo superem o brilho de todas as estrelas da galáxia.