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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 64

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano II – Nº 64

A canção dos buracos negros

 CNN Brasil – 10 de abril de 2002

Buracos negros maciços, existentes em centros galácticos distantes, e seus equivalentes menores, em sistemas estelares mais próximos, têm uma notável semelhança: eles tocam a mesma “canção energética”, embora em tempos diferentes. Astrônomos britânicos chegaram a essa conclusão depois de analisar as emissões de raios X de numerosos buracos negros.

Os especialistas compararam as lentas variações nas emissões dos buracos negros maiores com a radiação, muito mais rápida, daqueles com massa muito menor. Os maiores podem ter emissões até um bilhão de vezes mais fortes que o Sol, alimentando-se de uma instável dieta de gás galáctico.

Quando uma matéria se aproxima de um buraco negro central, este a engole, se comprime e libera lampejos flutuantes de energia, incluindo raios X. As variações na emissão de radiação podem durar horas, ou anos. Em contraste, os buracos negros muito menores alimentam-se de material estelar. Sua energia libera variações que são medidas em segundos, ou menos.

Se os padrões de variação dos buracos negros pequenos fossem desaceleradas, por exemplo, por um fator de um milhão, eles acabam tendo se assemelhando aos maiores. A descoberta pode se tornar uma ferramenta valiosa para medir a massa dos buracos negros maiores e mais distantes.

Os primeiros aglomerados de galáxias

 ESO – 8 de abril de 2002

Um aglomerado de galáxias em formação, situado a 13,5 bilhões de anos-luz, foi descoberto por uma equipe internacional de astrônomos do Observatório Europeu Austral (ESO) do Monte Paranal, no Chile. O nascimento dos primeiros aglomerados galáctivos continua sendo um enigma para a Astronomia.

Segundo alguns modelos, acumulações de matéria nasceram do gás surgido do Big-Bang, o evento que criou a matéria, o espaço e o tempo. Estas acumulações terminaram formando estrelas, e então galáxias, que se agruparam em conjuntos e cúmulos. O aglomerado ocupa uma região do céu com 10 milhões de anos-luz quadrados.

A descoberta, que será assunto da próxima edição do Astrophysical Journal, vai permitir compreender melhor como se formaram as primeiras grandes estruturas que hoje podemos observar. O aglomerado é uma evidência de que 1,5 bilhão de anos depois do Big Bang (acredita-se que o Universo tenha 15 bilhões de anos), as galáxias já estavam formando estruturas maiores.