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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 63

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano II – Nº 63

A controvérsia da clorofila em Marte

 Space.com – 5 de abril de 2002

Uma notícia recente atraiu a atenção da comunidade científica – e principalmente da imprensa: dados obtidos pela Pathfinder, enviada a Marte em 1997, sugerem a presença de clorofila no solo, próximo ao local onde a sonda pousou. Os pesquisadores ressaltaram que seu trabalho ainda está em estágio preliminar, sendo muito cedo para uma conclusão definitiva.

Mesmo assim a notícia foi manchete na rede britânica BBC, o que irritou alguns envolvidos com a pesquisa. Um mosaico em alta resolução e em vários comprimentos de onda, chamado “superpan”, já havia sugerido desde o início a presença de clorofila próximo ao local de pouso, mas elas foram rejeitadas por acreditar-se tratar de um problema técnico.

Cada substância tem uma “assinatura” espectral própria, e não há dúvida de que as imagens sugerem a existência de moléculas de clorofila. Mas devido à natureza controvertida da possível descoberta é realmente necessário agir com cautela e evitar conclusões prematuras.

População de asteroides é o dobro da prevista

 ESA – 5 de abril de 2002

Observações realizadas entre 1996 e 1997 pelo Observatório Espacial de Infravermelho da Agência Espacial Européia indicam que a região conhecida como Cinturão de Asteróides contém duas vezes mais objetos que o anteriormente previsto.

O novo censo envolveu a contagem de asteroides em locais selecionados que depois foram extrapolados para incluir o céu inteiro. O resultado sugere que o cinturão principal (entre Marte e Júpiter) contém de 1,1 a 1,9 milhões de asteroides com 1 quilômetro de comprimento. Estudos anteriores previam que os objetos com essa dimensão não passariam de 860 mil.

Novo sucesso impulsiona programa espacial chinês

 Agência Reuters – 2 de abril de 2002

A Shenzhou 3, terceira nave espacial não-tripulada lançada pela China pousou na Mongólia no início deste mês após completar mais de uma centena de órbitas em torno da Terra. A Shenzhou 3 levou equipamentos para simular condições de vida a bordo e um modelo de astronauta para estudo.

O primeiro voo não tripulado ocorreu em novembro de 1999, quando o Shenzhou orbitou a Terra 14 vezes em uma missão de 12 horas. Em janeiro de 2001 a Shenzhou 2 orbitou a Terra 108 vezes e testou sistemas de apoio de vida.

O programa espacial da China almeja construir uma estação espacial e – um dia – fazer um taikonauta (denominação do astronauta chinês) caminhar na superfície da Lua. Até hoje somente os Estados Unidos e a Rússia tem condições de enviar homens ao espaço com tecnologia própria.