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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 61

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 Ano II – Nº 61

China prepara novo lançamento

 Spacedaily – 22 de março de 2002

Engenheiros e cientistas chineses esperam o “sinal verde” para o terceiro lançamento de uma cápsula Shenzhou 3. Neste voo será enviado um modelo de um astronauta como preparação para a primeira missão tripulada daquele país.

A Shenzhou 3 partirá em poucos dias do Centro de Lançamento de Jiuquan, a noroeste da província de Gansu, a bordo de um foguete Longa Marcha 2F. A data do lançamento já havia sido alterada em função das piores tempestades de areia dos últimos anos no noroeste chinês. O primeiro voo de teste (não tripulado) ocorreu em novembro de 1999, quando o Shenzhou orbitou a Terra 14 vezes em uma missão de 12 horas.

Em 9 de janeiro de 2001 outra cápsula Shenzhou 2 orbitou nosso planeta 108 vezes e testou sistemas de apoio de vida. O programa espacial da China almeja fazer do país a terceira nação do mundo capaz de colocar um homem no espaço com tecnologia própria. E um dia, eles afirmam, um taikonauta (denominação do astronauta chinês) caminhará na superfície da Lua.

Projeto Grace confere a gravidade terrestre

 Science@Nasa – 17 de março de 2002

A bordo de um foguete russo, subiram hoje ao espaço dois satélites irmãos que devem fornecer as mais precisas medições das variações no campo gravitacional da Terra. O projeto Grace (sigla em inglês para “Experimento de Clima e Recuperação de Gravidade”) fornecerá medições do campo gravitacional terrestre com 100 a 1.000 vezes mais precisão que as atualmente disponíveis.

Há pequenas variações na aceleração da gravidade na Terra de um ponto a outro. Isso ocorre porque o planeta não é perfeitamente esférico e também porque a distribuição de massa não é homogênea. Os dois satélites serão posicionados em órbita polar a cerca de 500 km de altitude e a uma distância de aproximadamente 220 km um do outro. Conforme um deles verifique uma variação no campo gravitacional (causando uma alteração sutil em sua órbita), a distância entre os satélites irá aumentar ou diminuir.

Com isso os pesquisadores serão capazes de determinar o quanto o campo gravitacional varia de um ponto a outro. Essas variações virão principalmente da presença da água (que recobre três quartos do planeta), mas com sorte será possível verificar também os efeitos do magma. A missão tem uma duração estimada de cinco anos.