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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 6

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 6

Moléculas de água no espaço profundo

 Space.com – 20 de fevereiro de 2001

Complexas moléculas de carbono e água, ingredientes chaves para a vida em nosso planeta, foram encontrados entre a poeira e o gás interestelar. A descoberta reforça a tese de que a vida deve ser comum no Universo. Moléculas pequenas, como o Benzeno, já haviam sido detectadas antes, agora, as estruturas mais se aproximam de aminoácidos, isto é, extensas cadeias de proteínas, fundamentais tijolos da vida. Os dados foram obtidos através do satélite astronômico Submillimeter Wave e do observatório de infravermelho da agência espacial européia (ESA).

É bastante provável que os elementos básicos da vida na Terra sejam os mesmos em outras partes do Universo. Por outro lado, isso jamais implicaria em seres idênticos – ou mesmo muito semelhantes – aos encontrados aqui. A evolução da vida é algo muito particular e está sujeita a um grande número de variáveis, como as condições locais de gravidade, temperatura, pressão e umidade.

Os micro invasores

 Science@Nasa – 21 de fevereiro de 2001

É impossível impedir a entrada de todos, pois a maioria são pequenos como o ponto no final desta linha. Porém, estão constantemente invadindo o nosso mundo a velocidades entre 10 e 70 quilômetros por segundo. Desse modo, mesmo pequenos, podem causar estragos consideráveis nos satélites ou mesmo nos astronautas, durante suas atividades fora das naves. Isso sem falar que, de vez em quando, eles não são assim tão pequenos…

Estamos falando, é claro, dos meteoróides, denominação genérica de um tipo de “lixo espacial” que nunca terá fim. Restos de cometas que já passaram, fragmentos da colisão de asteroides e mesmo pedaços de planetas ou da Lua, atingidos por impactos violentos. E não há muito que os operadores de satélites ou o controle de missões espaciais possam fazer.

Para prover algum sistema de alarme para tais eventos, Rob Suggs e seus colegas do Marshall Space Flight Center construíram um radar experimental muito simples, basicamente uma antena “Yagi” de 6 elementos e um receptor de 67 MHZ que recebe sinais de 4 canais de TV distantes. “Os transmissores de TV estão além do horizonte mas quando um meteoro cruza o nosso céu o sistema grava um breve eco do sinal, ajudando a traçar o seu caminho.” Afirma Suggs. O radar experimental grava 200 ecos por hora, em média, por dia. A maioria são meteoros diurnos e/ou invisíveis a olho nu. O sistema é sensível a meteoros com magnitude até 7,5, o que corresponde a fragmentos entre 5 a 10 gramas.