Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 57
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Ano II – Nº 57 |
O misterioso centro da Via-Láctea
Os astrofísicos estão cada vez mais intrigados com a região central da nossa galáxia, a Via-Láctea. Há muito tempo suspeitavam da presença de um buraco negro, de fato confirmada pelo telescópio de raios X Chandra. Porém as revelações do Chandra levantaram novas questões.
Buracos negros são objetos ao mesmo tempo tão maciços e compactos que nem mesmo a luz pode escapar de sua poderosa gravidade. As estrelas gigantes (com massa pelo menos dez vezes superior à do Sol) geralmente encerravam seu ciclo num fenômeno chamado Supernova – uma formidável explosão que dissemina matéria pelo espaço, deixando apenas um denso vestígio da estrela original.
Em alguns casos esse resto se transforma em um buraco negro. E pode haver buracos negros super maciços, com até um bilhão de massas solares, nos centros de algumas galáxias. Em 2001, diante dos olhos do Chandra, o objeto Sagittarius A*, no centro da Via-Láctea, brilhou repentinamente, favorecendo o argumento de que se tratava de um buraco negro super maciço. Mas o mistério permanece. De onde ele vem? Como se formou? Se ao menos Sherlock Holmes fosse um astrônomo…
A verdade está lá embaixo?
Um estudo publicado na revista “Science”, sugere que mais regiões do Sistema Solar devem apresentar formas de vida. A comunidade científica já sabia da existência de organismos que podem sobreviver em formações vulcânicas nas profundezas do oceano ou nas placas de gelo da Antártida.
Mas a nova pesquisa indicou que mesmo bactérias simples e comuns, como as E. coli, que vivem no estômago humano, são capazes de sobreviver a condições de pressão até 16 mil vezes maiores que a do nível do mar.
“A lição que tiramos é que deveríamos estar olhando embaixo da superfície dos planetas: sob as calotas polares de Marte ou do solo das luas de Júpiter“, disse James Scott, autor do trabalho e pesquisador do Instituto Carnegie, em Washington, Estados Unidos.
Revivendo o Hubble
Ele viu um cometa partir-se perto do sol, espiou as ruínas de uma explosão estelar a 10 bilhões de anos-luz e investigou a taxa pela qual o cosmo se expande.
E quando o ônibus espacial Columbia tiver concluído sua próxima missão os olhos do mais poderoso telescópio ótico do mundo ficará ainda melhor. Na série de melhorias planejadas para o telescópio espacial Hubble, lançado em 1990, está a instalação da nova Advanced Camera for Surveys (ACS). Esse instrumento representará um poder de resolução equivalente ao de um telescópio em Washington que pudesse distinguir dois vaga-lumes voando em Tóquio.
Os astronautas do Columbia planejam cinco atividades extra-veículares para completar todas as melhorias. A missão terá uma duração prevista de 11 dias, começando no próximo 28 de fevereiro.