Novidades do Espaço Exterior – Ano II – Nº 55
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Ano II – Nº 55 |
A galáxia ao contrário
NGC 4622 é uma bela galáxia espiral localizada a 111 milhões de anos-luz do Sol, em direção à constelação de Centauro. Um aparente enigma surgiu em maio de 2001, quando o telescópio espacial Hubble detectou que o movimento de rotação da galáxia ocorria no sentido oposto ao sugerido pelos braços espirais externos. A foto da galáxia sugere que seu movimento seria no sentido anti-horário.
Mas o mistério é esclarecido pelos braços internos da galáxia, que giram no sentido esperado. NGC 4622 teria interagido com outra galáxia menor, possivelmente “engolida” por ela, o que resultou no seu aspecto peculiar. Para saber mais sobre os possíveis resultados dessas interações veja o artigo “As colisões de galáxias“.
O internauta quer Marte
A maioria das pessoas gostaria que a NASA desse prioridade as viagens a Marte e à busca de planetas para uma futura colonização humana. É o que diz uma recente pesquisa entre 54.000 internautas questionados no sítio da Planetary Society na Internet, traduzindo que o interesse da opinião pública pela exploração do espaço concentra-se, para 91% dos entrevistados, na exploração de Marte. Mas apesar de todos os estudos já efetuados, o programa espacial americano não contempla atualmente qualquer plano oficial de uma viagem tripulada a Marte.
A pesquisa, realizada a pedido da agência espacial americana revela que, depois de Marte, o interesse da opinião pública centra-se na Lua, na lua Europa, de Júpiter, e nas missões a Plutão e ao Cinturão de Kuiper. A busca de qualquer perigo potencial para a Terra proveniente do espaço ocupa também um lugar de destaque na preferência dos inquiridos.
Os resultados foram divulgados ao mesmo tempo em que está sendo anunciado o orçamento da NASA para 2003. A proposta orçamentária impõe cortes em diversos setores. As missões do ônibus espacial e a construção da Estação Espacial Internacional, por exemplo, sofrerão uma redução de mais de 600 milhões de dólares.
Satélite multinacional estudará as erupções do Sol
Foi lançado por um foguete Pegasus XL às 19:30 (UTC) o satélite HESSI para estudo das erupções solares. Equipado com uma câmera de vídeo, o satélite poderá filmar as explosões que pipocam sobre a superfície do astro-rei com a força de centenas de bombas H.
Agindo como um acelerador de partículas gigante, estas erupções arremessam violentos fluxos de partículas subatômicas no Sistema Solar, que interagem com a atmosfera superior de Terra e podem provocar desde belas auroras polares até a interrupção das comunicações via-satélite ou danos nos dispositivos de navegação de aeronaves.
O satélite HESSI empregará nove detectores especialmente projetados para captar as emissões de alta energia produzidas pelas labareda solares. Uma técnica sofisticada será então usada para criar imagens que formarão a base cinemática para os primeiros filmes coloridos de alta fidelidade dessas explosões.