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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 45

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 45

Chineses planejam pouso na Lua

 CNN – 23 de novembro de 2001

A China está planejando enviar um homem à lua. A missão é parte dos planos chineses para criar uma indústria espacial e ganhar prestígio junto aos Estados Unidos e Rússia, as únicas nações que enviaram seres humanos ao espaço utilizando-se de meios próprios. Os chineses lançaram o seu primeiro satélite em 1970. Mais tarde, em 1999 e janeiro de 2001, foi lançado com sucesso a cápsula não tripulada “Shenzou”.

Já no segundo voo do “Shenzou” foram enviados a bordo alguns seres vivos: um macaco, um cachorro, um coelho e caracóis, que permanecerem em órbita da Terra por alguns dias. Mas os pesquisadores e engenheiros chineses alegam que por motivos de segurança ainda serão necessários novos testes com veículos não tripulados. Por isso uma nave automática deve ser lançada em 2005, só que desta vez diretamente para a Lua.

A China já lançou vários satélites para os Estados Unidos e também para o Brasil, destacando-se no competitivo mercado espacial. Até hoje já foram quase 50 satélites com uma taxa de sucesso de 90% e o lançamento de outros 30 está sendo planejado para os próximos cinco anos. O programa espacial chinês envolve cooperação com a Rússia e União Européia.

Na caça às hipernovas

 Folha On Line – 22 de novembro de 2001

Como morrem estrelas de massa colossal, como 50 vezes o Sol? Os pesquisadores acreditam que em formidáveis explosões de energia conhecidas como bursts de raios gama (a palavra vem do inglês, surtos ou explosões súbitas). Este fenômeno, identificado pela primeira vez na década de 70, também é chamado hipernova, mas ainda é pouco conhecido pelos astrofísicos.

Agora o Brasil também irá participar do projeto mundial High-Energy Transient Explorer (HETE), que busca encontrar e analisar as hipernovas. O projeto envolve ainda o Japão, França, Itália e Índia, todos sob a liderança dos Estados Unidos, numa rede de 12 estações de recepção no solo montada ao longo da linha do equador para rastrear o satélite HETE-2, da NASA. A estação brasileira está instalada no Rio Grande do Norte.

O HETE-2 leva a bordo três detetores, que cobrem da faixa dos raios ultravioleta aos raios gama. Ao detectar um burst, fenômeno que pode durar segundos ou até alguns dias, o satélite envia um alerta para a estação de recepção que naquele momento estiver fazendo a sua cobertura.

Imediatamente a posição do fenômeno é repassada a todas as outras instituições envolvidas. Ao desencadear o alerta, os observatórios ligados ao projeto apontam seus instrumentos para reunir a maior quantidade possível de dados, em diversas faixas do espectro eletromagnético.