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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 38

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 38

Construtores de galáxias?

 CNN – 5 de outubro de 2001

Uma equipe de astrônomos americanos e europeus usaram as imagens e dados do telescópio espacial Hubble, da NASA, e do telescópio Keck, no Havaí, para localizar o que pode ser a menor e mais distante galáxia conhecida.

Os pesquisadores usaram imagens de arquivo do aglomerado Abell 2218, com milhares de galáxias. Esse formidável agrupamento galáctico agiu como uma lente gravitacional, de natureza equivalente a uma lente de aumento comum, aumentando em 30 vezes a luz de uma tênue galáxia, com apenas um milhão de estrelas (a Via-láctea tem mais de 100 bilhões) e a cerca de 13,4 bilhões de anos-luz da Terra.

A descoberta pode ter implicações importantes no entendimento de como e quando se formaram as primeiras galáxias no Universo. Essa pequena galáxia distante pode ser um dos “blocos construtores” das galáxias atuais.

Galileo vê o mais alto vulcão de Io

 Space.com – 4 de outubro de 2001

Io é o mais espetacular dos satélites de Júpiter. Seu diâmetro e densidade o fariam praticamente idêntico a Lua, não fosse a proximidade com o planeta gigante, cuja força gravitacional faz o pequeno Io se contorcer a cada órbita, como que “virando pelo avesso”, expulsando a cada segundo 100 mil toneladas de seu interior aquecido. Io é o astro com maior atividade vulcânica em todo o Sistema Solar.

Esta semana a nave Galileo obteve uma imagem da erupção mais alta já vista em Io, de um vulcão até então desconhecido. A nave também capturou partículas dessa erupção, algo totalmente inesperado, segundo o chefe da missão, Dr. Louis Frank, da Universidade de Iowa. “A Galileo cheirou esse vulcão e sobreviveu”, afirmou. O encontro aconteceu um agosto e os dados foram transmitidos para a Terra gradualmente.

Na verdade os pesquisadores esperavam obter informações de um outro vulcão, chamado Tvashtar, próximo ao pólo norte de Io. Porém os pesquisadores foram surpreendidos por um vulcão previamente desconhecido a somente 600 km de Tvashtar, que vomitou uma plumagem a mais de 500 km de altura, por ocasião da passagem da Galileo (10% mais alto que o normalmente visto em Io).

As partículas vulcânicas de Io são como flocos de neve, só que compostas por dióxido de enxofre. A Galileo vai sobrevoar o pólo sul de Io no próximo dia 16.