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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 31

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 31

Novas descobertas extra-solares: planeta em Ursa Maior

 Space.com – 15 de agosto de 2001

Esta semana foi anunciada a descoberta de planeta, possivelmente menor que Júpiter, em órbita de uma estrela similar ao Sol, na constelação da Ursa Maior. O astro percorre uma órbita quase circular, assim como a Terra, e está a mesma distância de sua estrela que Marte do Sol. Na verdade este é o segundo planeta encontrado em torno de 47 Ursae Majoris, uma estrela amarela como o Sol e aproximadamente do mesmo tamanho, localizada a apenas 51 anos-luz.

Planetas rochosos e de pequenas dimensões como a Terra ainda não foram encontrados porque o principal método utilizado pelos pesquisadores é a detecção de uma “vibração” gravitacional em torno da estrela, normalmente provocada por planetas gigantes. A observação visual ainda é impraticável, e esse método também não é eficiente para encontrar planetas a grandes distâncias.

Outro grupo de pesquisadores acredita ter encontrado evidências de cometas em órbita de outra estrela, neste caso Beta Pictoris, a cerca de 60 anos-luz da Terra. Análises anteriores mostravam uma densa nuvem de gás e poeira em torno da estrela, que tem somente 20 milhões de anos de idade (o Sol tem pelo menos 4,6 bilhões de anos). A descoberta indica um quadro de possível formação planetária, assim como ocorreu com o Sistema Solar jovem.

Rodando por Marte

 Agência LUSA, Portugal – 18 de agosto de 2001

Seria uma visão peculiar, até mesmo para um hipotético marciano: uma enorme bola de futebol girando pelas planícies de Marte, ao sabor do vento, como que perdida por algum jogador gigante da vizinhança.

Mas é exatamente o que pretendem os Engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). Um explorador com a forma de bola de futebol gigante. Nada de motores, foguetes ou outros dispositivos de propulsão. A brisa suave de Marte, que chega aos 70 km/h, empurraria este engenho explorador da mesma forma que uma brisa marítima empurra uma bola de praia.

O Laboratório já fez ensaios com êxito no deserto de Mojave, na Califórnia. A grande vantagem de uma bola gigante para explorar a superfície de Marte é o seu peso reduzido e as grandes distâncias que poderia percorrer sem obstáculos. Impulsionada pelo vento sobre a superfície do Planeta Vermelho, ela poderia procurar água ou traçar mapas.

A nave Viking, que pousou em Marte há 25 anos, pesava centenas de kg, o mesmo obstáculo enfrentado pelo jipe-robô Pathfinder, em 1997. Só que a bola não pesaria mais de 40 kg, incluindo um radar detetor e todos os seus instrumentos. A invenção, descoberta por casualidade, foi batizada de Tumbleweed (erva rolante), e é um trabalho preliminar que levará ainda alguns anos para que possa estar funcional, mas os pesquisadores do JPL crêem que caminham na direção certa.