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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 29

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 Ano I – Nº 29

Meteoro assusta americanos e faz NASA avançar com programa de patrulhamento celeste

 Jornal do Brasil – 4 de agosto de 2001

Um meteoro cruzou o céu em pleno dia e assustou quase toda a Costa Leste dos Estados Unidos há duas semanas. O objeto, acredita-se, era um fragmento de rocha com menos de 1 metro e explodiu entre 16 e 32 quilômetros de altitude.

Mais cedo ou mais tarde, um deles irá colidir, como quando da extinção dos dinossauros ou o próprio nascimento da Lua. A cada século, em média, nosso planeta é atingido por asteroides ou pedaços de cometa capazes de provocar danos consideráveis. E a última grande ocorrência foi justamente no início do século passado.

Em 30 de junho de 1908 um fragmento de um cometa explodiu sobre a região de Tungusca, na Sibéria, com força equivalente à de uma bomba de hidrogênio, destruindo cerca de 1.000 quilômetros quadrados de floresta.

Já está mais que na hora de pensarmos seriamente sobre o assunto — como os americanos. Motivados pelo “susto” recente, a palavra de ordem na NASA é: quanto mais cedo e mais se souber sobre os asteroides, melhor. Dessa forma eles esperam obter tempo e conhecimento necessário para tomar providências.

Amazonas marciano

 Space.com – 2 de agosto de 2001

Percival Lowell até que tinha razão — pelo menos no que se referia aos grandes canais de Marte. Um gigantesco sistema de antigos vales, alguns com mais de 200 km de largura, foi recentemente descoberto pela sonda Mars Global Surveyor em órbita do Planeta Vermelho. Contudo, ao contrário do que pensaria Lowell, eles não são fruto da avançada tecnologia de uma civilização marciana. O local observado pela sonda fica no hemisfério oriental do planeta, numa região ao sul de uma familiar Amazonis Planitia, onde se acredita ter existido um enorme oceano no passado distante.

Os pesquisadores ainda não tem como provar que Marte já teve oceanos, mas a maioria já está convencida de que esse planeta de fato teve significativos depósitos de água líquida. O sistema de canais chega a ser dez vezes maior que o Kasei Valles, o maior que se sabia existir em Marte. James Dohm, da Universidade do Arizona, afirmou que ele foi formado a partir de sucessivas inundações no local, algumas com um fluxo de água que pode ter sido até 50 mil vezes maior que o do rio Amazonas. Se confirmado, o maior rio em fluxo de água em todo o Sistema Solar foi esse Amazonas marciano.