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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 26

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 26

Atlantis decola rumo à ISS

 Agência Reuters e Rui. C. Barbosa – 12 de julho de 2001

Em mais um lançamento noturno, o ônibus espacial Atlantis decolou às 09:03 UTC (6 h em Brasília) da Plataforma B do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, rumo à Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês). Esta é a 105ª missão de um ônibus espacial, a 10ª destinada à ISS, cujo objetivo é a instalação do Joint Airlock Module, batizado de “Quest”.

A NASA considera a instalação desse dispositivo como a conclusão simbólica de mais uma fase da construção da ISS, permitindo que a tripulação realize passeios espaciais sem necessidade de haver um ônibus espacial presente. Ainda faltam anos de trabalho para que a estação fique pronta, mas assim que esta antecâmara, que custou US$ 164 milhões, estiver instalada, o posto em órbita terá se tornado uma estação espacial em funcionamento.

Serão realizadas três saídas para o espaço (atividades extra-veiculares), uma das quais utilizando o recém instalado “Quest”. A acoplagem com a ISS está prevista para o dia 14 de Julho. A missão tem uma duração prevista de 11 dias com aterragem no dia 23 de Julho.

Hubble encontra aglomerado duplo na Grande Nuvem de Magalhães

 Space Telescope Science Institute – 10 de julho de 2001

O aglomerado duplo NGC 1850, encontrado na Grande Nuvem de Magalhães (LMC), uma galáxia satélite da Via Láctea, é a principal atração em uma nova imagem captada pelo telescópio espacial Hubble, divulgada recentemente. Trata-se de uma densa reunião de estrelas jovens, num agrupamento do tipo globular sem equivalente em nossa galáxia, distante 168.000 anos-luz da Terra.

Os aglomerados chamados globulares estão entre os sistemas estelares mais antigos da Via Láctea e do próprio Universo, existindo há pelo menos dez bilhões de anos. Depois do complexo 30 Doradus, NGC 1850 é o mais brilhante aglomerado estelar da LMC.

Na imagem do Hubble, NGC 1850 aparece circundado por filamentos nebulosos, que os pesquisadores acreditam serem remanescentes da explosão de estrelas maciças. Essas violentas mortes estelares desencadeiam a formação de novos sistemas estelares. As ondas de choque dessas explosões (chamadas supernovas) comprimem gás e detritos, que por sua vez provocam o nascimento de estrelas e, em seguida, planetas.

A massa principal, no centro da imagem, assim como outras menores e mais jovens adjacentes, é composta de estrelas excepcionalmente azuis e quentes e outras avermelhadas, conhecidas como estrelas T-Tauri. As principais estrelas têm cerca de 50 milhões de anos e as menores cerca de 4 milhões de anos. As T-Tauri são estrelas que mal começaram a converter hidrogênio em hélio, lembrando o Sol em sua infância. Tais estrelas frequentemente se formam em ambientes densos, o que torna difícil detectá-las com os telescópios terrestres. Mas o Hubble pode mirá-las, até mesmo em outras galáxias.