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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 24

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 24

Em busca da primeira luz

 SpaceDaily – 30 de junho de 2001

Um foguete Delta 2 lançou hoje às 16:46h (Horário de Brasília) o Microwave Anisotropy Probe, ou MAP, um satélite observatório da NASA que parte em busca das origens do Universo. A comunidade científica espera que o MAP produza uma imagem do Universo através da luz fóssil resultante do Big Bang, ainda presente. O lançamento, parte crítica da missão, ocorreu sem problemas.

O MAP segue rumo ao ponto de Lagrange 2, um lugar especial que combina a atração gravitacional do Sol e da Terra, de modo a manter o satélite “travado” na linha reta Terra-Sol. De lá, o satélite fará uma espécie de “viagem no tempo”: como a luz viaja a uma velocidade finita (300 mil km/s no vácuo) quanto mais distante o objeto observado, mais tempo a luz viajou no espaço. A idéia é captar a luz emitida a somente trezentos mil anos depois do Big Bang, o evento que criou a matéria, o espaço e o tempo.

Ao estudar a luz dos primórdios, há 14 bilhões de anos, os pesquisadores esperam poder reconstruir o nascimento das galáxias e fazer previsões mais acuradas sobre o futuro do Universo. O MAP, que substitui seu antecessor, o satélite COBI, custou US$ 145 milhões e a primeira análise dos dados por ele obtidos estará disponível no final de 2002.

Extinção dos dinossauros: a culpa é de Mercúrio?

 Space.com – 29 de junho de 2001

O asteroide que há 65 milhões de anos (no final do período Cretáceo) dizimou centenas de milhares de espécies, incluindo os dinossauros, pode ter atingido a Terra por causa do planeta Mercúrio. É o que sugere os resultados de uma simulação em computador publicada recentemente na revista New Scientist e conduzida por Bruce Runnegar, pesquisador da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Evidências físicas do impacto existem: uma cratera gigantesca, a maior parte submersa, na península de Yucatan, México, data da mesma época daquela extinção em massa.

O modelo computacional elaborado por Runnegar e sua equipe sugere que uma mudança na órbita terrestre há cerca de 65 milhões de anos ativou um ajuste significativo também na órbita de Mercúrio, o que acabou por causar um puxão gravitacional no Cinturão dos Asteróides, entre Marte e Júpiter. Runnegar defende que pelo menos uma rocha foi desalojada de sua órbita e rumou em curso de colisão com o nosso planeta.

Vários pesquisadores discordam: “Eu não acredito que Mercúrio possa afetar coisa alguma no Sistema Solar”, disse Mark Bailey, diretor do Observatório Armagh, na Irlanda do Norte. Bailey não discute o modelo computacional em si, mas a conexão entre Mercúrio e os dinossauros é muito tênue, na melhor das hipóteses, afirmou. Runnegar e sua equipe planejam agora rodar o modelo para tentar prever futuros desastres.