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Astronomia no Zênite
Diário astronômico
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 Ano III – Nº 133

Telescópio Hubble vê os objetos mais distantes do Sistema Solar

 NASA e G. Bernstein (Universidade da Pennsilvania) – 6 de setembro de 2003

Usando o telescópio espacial Hubble, astrônomos da NASA descobriram três dos objetos mais lânguidos e distantes já encontrados além da órbita de Netuno.

Cada um deles é como uma pequena ilha de gelo sujo vagando numa região chamada Cinturão de Kuiper, onde os “blocos construtores” (ou planetesimais) foram parar após a formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões anos.

Com a resolução do Hubble, melhor que a maioria dos telescópios em terra, os astrônomos esperavam encontrar diversos integrantes do Cinturão de Kuiper tão pequenos quanto 10 quilômetros mas, contrariando as expectativas, até agora apenas três foram descobertos.

O Hubble combinou duas imagens obtidas com 12 horas de diferença para produzir uma imagem do objeto 2000 FV53 movendo-se pelo céu em janeiro deste ano. Como todos os planetas, este membro do Sistema Solar foi detectado porque apresentou um deslocamento relativo às estrelas fixas e galáxias de fundo.

O mais novo “asteroide do fim-do-mundo”

 Space.com – 3 de setembro de 2003

Um asteroide recém-descoberto ganhou as manchetes dos noticiários por causa de uma pequena chance de atingir a Terra no ano 2014. O novo “asteroide do fim-do-mundo” é 2003 QQ47, descoberto em 24 de agosto pelo Lincoln Near Earth Asteroid Research Program (LINEAR).

As chances de impacto preliminarmente calculadas foram de 1 em 250.000, o que levou sua classificação na Escala de Torino (que vai de zero a dez) como de risco 1 – objeto que merece monitoramento.

Até aí nenhum motivo para preocupação por parte do grande público nem tampouco exploração da mídia. Após medidas mais acuradas dos astrônomos (dada a necessidade de monitoramento) o risco de impacto desse asteroide de 1,2 km de extensão revelou-se nulo.

O incidente foi apenas mais um de uma longa série que envolve os astrônomos, seus esforços de relações públicas e a mórbida necessidade da mídia em informar uma catástrofe em escala global. Para alguns, o recorde de audiência de tragédias como a de 11 de setembro precisa ser logo quebrado.