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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano III – Nº 121

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 Ano III – Nº 121

Todos a caminho de Planeta Vermelho

 Space.com com a colaboração de Rui C. Barbosa – 8 de junho de 2003

A invasão de Marte, o Planeta Vermelho, já começou. Na última segunda-feira, dia 2 de junho, partiu com sucesso a bordo de um majestoso foguete russo Soyuz a primeira missão de exploração interplanetária européia, composta pelo orbitador Mars Express e a unidade Beagle 2 (que irá pousar). Amanhã deve partir de Cabo Canaveral, EUA, o Mars Exploration Rover A ou “Spirit”.

O Rover B também foi rebatizado para “Opportunity” num concurso promovido pela Planetary Society e pela LEGO entre alunos de escolas dos Estados Unidos. Enquanto isso a Nozomi, sonda orbital japonesa lançada em junho de 1998, após enfrentar muitos problemas foi colocada em curso de modo a chegar em Marte no final deste ano ou início de 2004.

No total serão cinco as naves rumo ao Planeta Vermelho só este ano – uma “invasão” sem precedentes. Contudo, no histórico da exploração marciana já tivemos 34 missões, das quais apenas 11 atingiram seus objetivos.

Sem qualquer ordem cronológica, saíram da órbita terrestre mas não chegaram a Marte ou deixaram de funcionar as sondas Phobos-1, Phobos-2, Mars 1, 2, 3 e 4, Zond-2, Mars Observer, Mars Polar Lander e Mars Climate Orbiter.

Foram destruídas nos lançamentos a Mars 1M 1 e 2, Mariner-8, Mars 2M 521 e 522. Exploridam ou não abandonaram a órbita terrestre a Mars 2MV-4 1 e 2, Sputnik-22 e 23, Cosmos 419 e Mars-96.

Explosão de supernova cria quadro abstrato

 Hubble Site – 5 de junho de 2003

Mais um “pintura cósmica” foi revelada pelo telescópio espacial Hubble. Conhecida no meio astronômico como NGC 2736, a Nebulosa do Lápis (a 815 anos-luz de distância) é na verdade parte da belíssima Nebulosa da Vela, localizada na constelação austral de mesmo nome, e descoberta por Sir John Herschel na década de 1840.

No “Lápis”, estamos olhando uma ondulação de gás produzida por uma estrela que explodiu – uma supernova. As estruturas filamentares brilham por causa do gás denso e quente da nuvem sob pressão da onda de choque da supernova. A explosão estelar deixou para trás um pulsar no centro da região de Vela. Baseado nas variações dos pulsos, os astrônomos estimaram que a explosão deve ter ocorrido cerca de 11 mil anos atrás.

Não há registros históricos do fato, mas também se acredita que naquela ocasião seu brilho era 250 vezes superior ao de Vênus, sendo portanto visível no hemisfério Sul da Terra a olho nu em pleno dia. Se estimativas forem corretas, o material foi ejetado da estrela que explodiu a mais de 20 milhões de quilômetros por hora, suficiente para atravessar o Sistema Solar do Sol até Plutão em menos de cinco horas.