Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano III – Nº 112

Novidades do Espaço Exterior Antena
 Ano III – Nº 112

Nebulosa do Ovo

 Hubble Site – 4 de abril de 2003

A reflexão da luz da nebulosa do Ovo, fotografada recentemente pelo telescópio espacial Hubble, parece surgir de uma lâmpada que brilha submersa em uma piscina. Porém, a mais de 3 mil anos-luz da Terra, na constelação de Cignus, esta nebulosa oferece aos astrônomos uma rara oportunidade de observar os anéis de poeira formados em torno de algumas estrelas, normalmente ocultados pelo próprio brilho desses astros.

As camadas de poeira que envolvem a nebulosa do Ovo se estendem por um décimo de ano-luz e estão dispostas em anéis concêntricos ao redor da estrela. Os grãos de poeira são compostos basicamente por carbono, produzido pela fusão nuclear da estrela e expelido para o espaço, sendo também a chave na pesquisa sobre a própria origem dos planetas.

Toma posse novo presidente da AEB

 Assessoria de Imprensa da AEB – 3 de abril de 2003

Luiz Bevilacqua foi empossado na última quarta-feira pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, como novo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ele assume em substituição a Múcio Roberto Dias, que ocupava o cargo desde outubro de 2001. O novo presidente quer rever projeto de participação brasileira na Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês).

Ele considera como prioridades para a AEB o apoio ao Veículo Lançador de Satélite (VLS) e os programas de satélites e prometeu uma extensa revisão na participação brasileira na ISS. Para Bevilacqua, este projeto tem se mostrado demasiando caro, havendo um questionamento da própria comunidade científica sobre os benefícios que poderia trazer ao país.

O importante, segundo ele, é que o Brasil não abandone o programa. “Isso seria uma decisão muito drástica. Já houve investimento. Precisa ser negociado. Sem paixões, sem pressa, mas o interesse do país tem de ser levado em conta”, afirmou.

Com relação à exploração comercial do Centro de Lançamento de Alcântara, Bevilacqua não teme pela recente posição do Governo Federal em reavaliar o acordo de salvaguardas tecnológicas Brasil-EUA, que abriria o mercado americano de satélites ao país. “Há outros mercados, mais modestos, que poderíamos atingir, como Ucrânia e Israel.”

O ministro Amaral anunciou que pretende aumentar a nacionalização dos satélites brasileiros. Atualmente o Brasil possui dois pequenos satélites de coleta de dados ambientais em órbita, (SCD1 e SCD2), produzidos com tecnologia nacional, e um terceiro satélite, de sensoriamento remoto (CBERS1), desenvolvido em parceria com a China.

Outra proposta do novo presidente da AEB é a de levar às escolas os programas de observação do céu e da terra e dos fenômenos meteorológicos.