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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano III – Nº 110

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 Ano III – Nº 110

Vesta em Virgem: um asteroide visível a olho nu

 NASA – JPL – 22 de março de 2003

No próximo dia 27 o asteroide Vesta, o segundo maior do cinturão situado entre Marte e Júpiter, estará com magnitude 5,9 na constelação de Virgem, sendo portanto visível a olho nu (ou com um pequeno binóculo nos centros urbanos menos densos).

Será a melhor ocasião para observar o asteroide este ano, embora Vesta ainda permanecça visível até agosto (quando sua magnitude terá caído para 7,6). Vesta tem 530 km de diâmetro e, como a maioria dos asteroides, não é um corpo esférico.

A morte do grande sol

 Goddard Space Flight Center – 19 de março de 2003

Uma explosão extraordinária, seguida por uma formidável liberação de raios gama, assinalou a morte de uma grande estrela (15 vezes mais maciça que o Sol) e o nascimento de algo igualmente colossal, um buraco negro.

O evento, que vem ocorrendo no Universo desde muito antes do nosso planeta existir, desta vez foi assistido por uma equipe de astrônomos, transformando-se na mais detalhada descrição de um fenômeno semelhante já registrada na história da ciência.

O registro ocorreu na madrugada do dia 4 de outubro do ano passado e foi publicada na última edição da revista Nature. A emissão foi identificada primeiro pelo satélite HETE (High Energy Transient Explorer). Em seguida, o astrofísico americano Derek Fox alertou cerca de 40 observatórios para que, num esforço conjunto, voltassem seus telescópios para as coordenadas do evento.

Um deles, em Tóquio, conseguiu captar imagens apenas 193 segundos após a detecção inicial. A fonte desta explosão de raios gama, denominada GRB021004, fica a 10 bilhões de anos-luz da Terra, ou seja, muito além de nossa própria galáxia.

Se a estrela estivesse do outro lado da Via Láctea teria sido percebida a olho nu com facilidade, pois seria tão brilhante quanto o próprio Sol. E se estivesse a poucas centenas de anos-luz, não haveria para quem contar essa história: nosso planeta teria sido arrasado.

O fenômeno durou longos minutos diante dos olhos dos astrônomos, que para isso contaram com uma rede de colaboradores situados no Brasil, França, Itália, Índia e Japão, entre outros.