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Astronomia no Zênite
Diário astronômico

Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 11

Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano I – Nº 11

Máximo solar registra mancha de tamanho recorde

 Space.com – 27 de março de 2001

Duas violentas explosões de massa e energia do Sol emergiram da maior mancha solar registrada em dez anos, com uma área equivalente a 13 vezes o nosso planeta. Já é esperado que os efeitos da explosão solar, denominada “ejeção de massa coronal” ou CME, da sigla em inglês, atinjam a Terra durante o final de semana, causando belíssimas auroras boreais e austrais e – talvez – provocando também distúrbios nas comunicações de longa distância, nos instrumentos de orientação de satélites e até no fornecimento de energia elétrica em cidades próximas aos círculos polares.

A razão de tamanha atividade é o ciclo solar de 11 anos, cujo máximo atravessamos agora em 2001. Diversas comunidades no Estado americano do Alasca já estão testemunhando há alguns dias as mais fantásticas auroras em anos. Esse fenômeno resulta da interação entre partículas carregadas eletricamente e o campo magnético da Terra. As CMEs são gigantescas nuvens de gás eletrificado com bilhões de toneladas de massa solar que viajam a velocidades entre 20 e 2.000 km/s no espaço. A CME associada a mancha observada esta semana surpreendeu os cientistas ao “atropelar” outra ejeção expelida anteriormente e com velocidade inferior.

O primeiro mapa biológico da Terra é obtido do espaço

 Jornal do Brasil – 29 de março de 2001

A NASA publicou os resultados preliminares do mais completo estudo sobre a principal engrenagem biológica que existe na Terra: as plantas marinhas e terrestres. Os vegetais são fonte de energia para os demais seres do planeta e também no equilíbrio do CO2 na atmosfera.

Entre as constatações mais importantes está a intensificação do processo de fotossíntese das algas, no qual as plantas absorvem gás carbônico e liberam oxigênio, fenômeno que teria sido desencadeado durante a transição do El niño (aquecimento das águas no Pacífico) para a La niña (resfriamento dessas águas) há cerca de dois anos. Mesmo após o término da La niña o crescimento da fixação de carbono pelas plantas marinhas continuou, mas os pesquisadores ainda não sabem explicar o motivo.

Os dados foram coletados pelo sensor Sea-viewing Wide Field-of-View (SeaWiFS), lançado em agosto de 1997. A NASA pretende ampliar por mais dois anos a missão do sensor e complementar as informações coletadas com novos dados do satélite Earth Observing System (EOS), lançado em dezembro de 1999. Dessa forma a agência espera contribuir com as pesquisas sobre desertificação.