Novidades do Espaço Exterior – Ano III – Nº 104
Ano III – Nº 104 |
Projeto B12
Um grupo de astronautas, cientistas e engenheiros querem se engajar numa corrida espacial cujo vencedor pode muito bem ser a sobrevivência da nossa própria espécie. O objetivo é ousado: alterar significativamente a órbita de um asteroide – de maneira controlada – até 2015.
O projeto recebeu o sugestivo nome de B612, em alusão ao fictício asteroide habitado pelo “Pequeno Príncipe” no livro homônimo de Antoine de Saint Exupery. A Fundação B612 é uma organização privada sem fins lucrativos presidida pelo astronauta da Apolo 9, Russell Schweickart.
“A tecnologia para se antecipar e prevenir um impacto de asteroide já estão disponíveis”, afirma Schweickart. Outro membro do grupo é Geoffrey Baehr, astronauta da próxima equipe que vai substituir a atual tripulação da Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês). A principal estratégia do B612 é o uso de um sistema de propulsão de baixa potência e longa duração que seria implantado diretamente na superfície do asteroide.
“Uma missão de teste num asteroide de apenas 100 m de extensão já confirmaria a viabilidade do projeto”, defendeu o astrofísico Piet Hut numa carta ao presidente americano no final do ano passado.
Preparativos para o voo do Endeavour continuam
A United Space Alliance (USA), operador da NASA que cuida dos vôos dos ônibus espaciais, continua os preparativos da nave Endeavour, apesar da interrupção nas operações normais da NASA após o acidente do Columbia.
A agência ainda continua em seu plano de contingência e novas medidas de segurança estão sendo adotadas, mas a USA foi instruída a manter seu cronograma para o Endeavour independentemente.
A NASA não confirma a hipótese de que fragmentos do tanque de combustível que se chocaram com o Columbia durante a decolagem possam ter causado a tragédia. Simulações computacionais mostraram que a colisão com pedaços do revestimento do tanque não seria suficiente para danificar o revestimento protetor do ônibus a ponto de levar à desintegração da nave.
Além disso, informações dos sensores do Columbia não indicaram temperaturas altas o suficiente para comprometer sua estrutura. Por outro lado, imagens feitas pela Força Aérea americana durante a reentrada do Columbia na atmosfera mostram importantes danos estruturais na asa esquerda do aparelho, aproximadamente um minuto antes de o acidente ocorrer.
As imagens, feitas por câmeras de alta definição, indicam que parte da asa esquerda estaria danificada no ponto de união com a fuselagem. O diretor do programa de ônibus espaciais, Ron D. Dittemore, disse que ainda é muito cedo para chegar a conclusões sobre o que provocou a destruição do Columbia.