Novidades do Espaço Exterior – Ano I – Nº 1
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Ano I – Nº 1 |
Novas descobertas de Chandra
Dados do Observatório de raios X Chandra sugerem que um pulsar conhecido hoje é o remanescente de uma supernova que explodiu no ano 386 a.C. Nessa época, o repentino surgimento de uma nova e brilhante estrela no céu foi registrado por astrônomos chineses, na constelação de Sagitário. Até agora, apenas a nebulosa do Caranguejo era associada a um evento histórico: a supernova de 1054 a.C.
Recentemente, o Telescópio Hubble e o Observatório Chandra encontraram, separadamente, evidências de um horizonte dos eventos, uma das características mais bizarras dos buracos negros. Além desse limite, nada, nem mesmo a luz pode escapar à tremenda força gravitacional. Essa descoberta reforça a existência real desses devoradores do cosmos, cuja observação direta é impraticável, mas que já haviam sido previstos matematicamente há anos.
Físicos param raio de luz
Manipular as propriedades da luz tem sido objetivo de intensas competições científicas. Em julho do ano passado, pesquisadores da Universidade de Princeton, Nova Jersey, forçaram um pulso de luz através de vapor de césio, fazendo-o aparentemente viajar mais rápido que a velocidade convencional da luz: 300.000 km/s. Agora, em experimentos conduzidos separadamente em laboratórios de Cambridge, Massachusetts, um raio de luz foi forçado a diminuir sua velocidade dramaticamente até parar.
Para conseguir o efeito, os pesquisadores criaram uma armadilha em que os átomos de um gás foram resfriados magneticamente até poucos milionésimos do zero absoluto (zero Kelvin). Normalmente o gás iria absorver qualquer pulso de luz direcionado para a armadilha, porém, usando um laser com freqüência controlada, foi possível induzir um estado conhecido como “transparência eletromagnética induzida”. Assim, quando a luz atingiu os átomos do gás, sua velocidade foi reduzida dramaticamente.
Para finalmente pará-lo, foi preciso introduzir um padrão de orientação (spin) aos átomos do gás. Cerca de 50% da luz – e de sua informação – foram retidas e armazenadas no gás e em seguida liberadas outra vez. O efeito é real, mas se daí os cientistas já podem fazer parar um raio de luz convencional ainda é uma profunda questão para a Física Quântica.